Barça conquista a Champions
- vitorgregorioa
- 17 de mai. de 2021
- 3 min de leitura

Equipe catalã foi soberana no duelo diante das leoas inglesas e sacramentou o título ainda na primeira etapa. O palco do baile catalão foi o estádio Gamla Ullevi, em Gotemburgo, na Suécia. Logo aos dois minutos de jogo, em bate-rebate na grande área, Barça abriu o placar após gol contra de Leupolz. E não parou por aí.
Com total domínio das ações de jogo, Barcelona foi pra cima com seu 4-3-3 ofensivo e ampliou o marcador de pênalti com Alexia Putellas aos 13 minutos da primeira etapa.
Se o 4-3-3 defensivo do Chelsea não funcionava, imagina o 4-2-4 ofensivo. Apesar da tentativa de pressão, a defesa catalã, esquematizada em um 4-4-2, soube recuperar bem a bola e sair para as investidas. A equipe de Cortés era mais lúcida no duelo e sabia o que fazer. Já o Chelsea, de Emma Hayes, estava perdido em campo e não tinha dimensão do que estava acontecendo.
Aos 20, Bonmati se infiltrou na defesa e recebeu passe da Alexia Putellas pra marcar. E aos 36, Hansen aumentou o placar após bela jogada individual de Martens. 4 a 0 só no primeiro tempo.
Hamraoui e Alexia Putellas foram os nomes do Barça na etapa inicial, auxiliando na construção das jogadas e dando mobilidade ao time. Pelo outro lado, Harder foi o nome do Chelsea, saindo da sua posição pra buscar o jogo e tentar ajudar na chegada ofensiva. Mas, sem efetividade alguma.
O coletivo e o individual do Barcelona funcionavam muito bem, e o contrário se aplicava ao Chelsea. A equipe de Emma necessitava de boas participações individuais de Kerr, Kirby, Harder, So-Yun...mas elas não estavam em uma partida iluminada.
O segundo tempo veio. Com isso, Chelsea entrou mais ligado, indo mais ao ataque pra diminuir o marcador. Para conter as investidas dos blues, Cortés fez com que o Barça abaixasse suas linhas, variando em um 4-1-4-1, com Hamraoui como única volante, e um 4-4-2.
Chelsea precisava do resultado, mas rifava muito a bola, apesar de ter subido suas linhas, aplicando um 4-2-3-1. O time não conseguia trocar passes e perdia a bola rapidamente para a boa marcação do Barcelona. No fim das contas, Chelsea foi na afobação, o que não surtiu efeito.
Título merecidíssimo ao Barça, que vem de um trabalho de longa data. Há 2 anos, na temporada 2018/19, o Barcelona desse mesmo Cortés, ainda no princípio de desenvolvimento, começou a decisão da Champions contra o Lyon com sete das 11 titulares da atual final. Em 30 minutos, daquela época, perdiam por 4 a 0. Nesta última decisão, em 30 minutos já faziam 3 a 0 nas atuais campeãs inglesas. Uma diferença enorme.
A conquista foi histórica. Barcelona é o primeiro time europeu a conquistar a Champions entre os homens e entre as mulheres. Isso só mostra o quão empenhado está o clube no desenvolvimento do seu futebol feminino.
Mesmo com a derrota, é importante destacar também o grande trabalho da Emma Hayes, que vem desde 2012 sob o comando técnico da equipe do Chelsea. O clube inglês vem injetando dinheiro no trabalho tanto no desenvolvimento interno do futebol feminino quanto na contratação de atletas de peso, como foi, por exemplo, com a chegada de Harder, uma das melhores atacantes do planeta e eleita melhor do mundo pela Fifa em 2020.
Duas equipes que são exemplos no futebol feminino e que irão figurar, e muito, nas grandes finais tanto em cenário nacional quanto internacional. Que sirvam de inspiração para outras equipes investirem no feminino, que vem crescendo a passos bem largos.
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